O Sorriso do Palhaço!

O Sorriso do Palhaço!

A crônica “O Sorriso do Palhaço” de Augusto Mitchell é um turbilhão de emoções e reflexões, um intenso desabafo existencial. Em meio a uma tempestade de pensamentos, o autor navega por temas como amor, perda, religião, sociedade e tecnologia, buscando respostas para as grandes questões da vida.

Nessa jornada, ele confronta a si mesmo, a Deus e o mundo ao seu redor. Mergulha em suas próprias contradições, medos e fragilidades, mas também reconhece sua capacidade de amar, de sentir e de se questionar.

A crônica termina com um misto de resignação e esperança. Apesar de todas as dores e decepções, o autor ainda deseja acreditar em Deus e no amor, buscando forças para seguir em frente. Ele termina com um pedido de ajuda a Deus e expressa a vontade de que a morte não seja o fim, mas um recomeço.

A mensagem final é um convite à reflexão sobre a vida, o amor, a fé e a busca por sentido em um mundo complexo. O autor nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e buscar a paz interior, mesmo diante das adversidades.

Augusto Mitchell nos brinda com uma crônica que é um verdadeiro soco no estômago. Com uma linguagem visceral e crua, ele escancara a alma humana, expondo suas dúvidas, angústias e contradições. É impossível ficar indiferente à sua prosa poética e contundente.

Mitchell não se contenta com respostas fáceis. Ele mergulha de cabeça nos dilemas da vida, da morte, do amor e da fé. Seu texto é um turbilhão de ideias, uma explosão de sentimentos.

O autor não tem medo de ser polêmico, de cutucar as feridas, de provocar o leitor. Ele nos sacode, nos tira da zona de conforto. E faz isso com uma maestria que só os grandes escritores possuem.

Meu encontro com Augusto aconteceu em meados de 2013, durante minha visita ao Brasil para uma feira literária e uma palestra. Em meio àquele turbilhão de repórteres ávidos por entrevistas, uma figura se destacou: Augusto. Suas perguntas, perspicazes e inteligentes, revelaram a profundidade e a singularidade daquele jovem. Naquele momento, ele me confidenciou seu desejo de escrever um livro, um sonho ainda adormecido pela falta de tempo. Jamais poderia imaginar que ali, diante de mim, estava um talento bruto, uma mente fervilhante de ideias e um conhecimento que transcendia qualquer expectativa.

Ler Augusto Mitchell é como embarcar em uma viagem alucinante, sem saber ao certo qual será o destino. Mas uma coisa é certa: a jornada será intensa, transformadora e inesquecível.

Paulo Oliveira – Escritor

O Sorriso do Palhaço!

Por: @augusto.mitchell

Já acabou o carnaval, o seu, porém antes, o meu! Dos confetes brilhantes soltos tiritantes no ar, restam as estrelas.

Da alegria, das fanfarras e do som ressonante dos tambores, só a batida descompassada de nossos corações, afoitos e eufóricos, mas não mais!

“Haja amor, haja flor, anjo no céu.” Não vi, não deu! Não Deus!
Ainda tenho e guardo o cume da memória ‘Brazzawiliana’ em toda a sua plenitude. Vem do meu querer a vontade de estar contigo!

Prefiro então o cinzento da quarta-feira e o seu silêncio ensurdecedor! Fica assim, como a íris no céu e uma linda poesia recolhida! Aurora boreal.

Perdemos o espaço para o romantismo? Agora, acusações, difamações, armações, et cetera e tal! Agora senta! Senta! Sarra bananada no AR! Tome! Tome!

Ei Baby, não tem mais nada tão azul, Adão e Eva e nem muito menos o paraíso! O amor se perdeu! Não do pecado da fruta, mas no espaço da rivalidade, entre os sexos, no sexo, entre todos nós e tudo que há.

“Beijo a flor,
Mas a flor que eu desejo
Eu não posso beijar”

Todo o ramalhete murchou! Mesmo em um pote com água doce, flores mortas. Faltou regá-las, o amor! Resta porém uma rosa, a mais linda! Roubou o amor todo para si. Se recusa morrer dentro do jarro! Inspira-o, mas espeta espinhos!

“O quê é que há? Por que esse fogo não queima o que tem para queimar?” Cantava o cantador, certo do amor! “-Oh meu Deus, que sofrência!” Dizia a pessoa fria, coração de gelo, albedo!

Deus me livre! Eu tenho é medo de me tornar algo assim! Fiquei até com receio de voltar ouvir o Nat King Cole e o Vander Lee. Mas me diz aí! O Guns and Rose também não sofre por amor? O solo do Slash em “November Rain” não te tocas a alma? Solidão em escala penta tônica maior em ascensão!

Minha pequena Eva, solidão se constrói sozinho, a dois, a mil e outros mil mais! Na frente do trio ou atrás. No meio da multidão a dor é mais! No efeito da massa, uma coisa lhe cai…É o vazio!

Riscos de luz colorida cortando a vista, eco de risos, arrastar do som. Alucinações? Vácuo!

No início, pequenos buracos negros do universo que há em nós. Há precipitação, revolução, depressão e viagens na velocidade da era, prá lá da luz.

Cheira-te o perfume forte! Lança! Sinto daqui o ardor! Frisson! Vai, vai! Hummmm! Cheiro de amor, não sai!

“…Sim, é um jardim mui delirante
Com mil e um lances
De brilho e de cor
É a mistura mais pura
É a mais pura mistura…”

Tivera ele, o amor, sido maculado pela frieza, a indiferença e o ódio? Quem afinal é maior? Quem pode ser de fato imortal, exato? São próximos? Dizem! O que sustenta essa linha tão tênue? Se quebrou?

O amor sempre esteve marcado pela dor, pelos desencontros? Quem enganou os amantes? Shakespeare escreveu errado? Não serei eu o seu Romeu e nem tão pouco a Srta. Julieta. Virou moda? “Lá ele!”

A vida abrira minha carne com lâmina afiada! Fui esquartejado a marretadas em três pedaços. Perdi o melhor de mim.

Sangrou-me também o orgulho até a última gota. Agradeci, aprendi graças a Deus, aprendi! Mas qualquer que seja o sofrimento além daqui, já é por pura maldade! Pecado grande tripudiar de soldado ferido. Mereço honra! Reivindico então a dignidade!

Dai-me ligeiro no peito um tiro a queima-roupa, onde fica a saudade, leste do meu ser! Este lugar aqui não é mais meu, perdi o ‘‘norte’’ e ainda me arde a ferida!

Tenho que ir! Mas espera! Preciso ficar mesmo ferido. Tem o fruto do amor maior para regar, cuidar.

Mas quem afinal se fere mais? Aquele que alimenta o amor ou quem sustenta o ódio? Quem constrói ou quem destrói?

Atire a primeira pedra quem nunca errou! Somos errantes, maior que isso é a experiência que fica! Levante Madalena!

Vejo, ao longe, mas de perto vi e senti. Há mais destruidores sorridentes, há muitos milhares. Vampiros sem presas, mas de sorrisos amarelados! Deus é mais! Cruz credo, credo em cruz. Plano cartesiano na fronte! Ave senhora Bem-te-vi! Valei-me santa benignidade! Afasta de mim todo o mal da maldade sem fim!

Mal eu vi, veio a mim! Mas não seguro brasa, fique com o seu o ódio todo para si! Sai de mim e vê se me esquece! Desaparece!

Faço o sinal da cruz de novo e sigo! Pego a viela, entro num beco sem saída! Eu não me percebia, mas ela também não me ouvia, nem as minhas canções.

“…tudo é bem simples, tudo natural…”

Distância produzida, resfria! Não há troca de calor, nem longs diálogos no café da manhã. Palavras abreviadas apenas!

Culpa-se a modernidade por isso! Dizem até que é coisa do Demônio, do Capeta! Cramunhão, rei da vaidade! Capa Preta miserável!

Oxe! Então, maldita seja essa “evolução regressiva”, de gente curvada, híbrida, esquisita e esquecida da vida. Linguagem primária, binária, trocada, adúltera, adulterada e abreviada! Desejos reprimidos!?

Que evolução é essa meu Deus? Que nos coloca o mundo nas mãos, mas nos tira a paz e esfria o jantar? Que nos une quando longe estamos, mas nos separa quando tão próximos? Nos trai pela distração, nos atrai a traição!? Culpa da televisão!

Revolução tecnológica de poucos anos para cá! Quem explica essa aceleração? Quem pegou o fio da meada? Quem reinventou a roda lá no Vale do Silício? Quem começou a nos adoecer?

Engenharia reversa? Areá 51? Roswell? Extraterrestre? Toque na ponta do dedo. O “touch” que tocas não sente?! Tela quente vibra, mas sem vida!

“Vc qm he?” “1 Bj!” “iai”, “tmj”

O beijo tem ser por extenso e intenso, não abreviado minha querida! Assim é pitoque!

Estamos on-line, mas por um fio!

Não! Não é coisa do cão e nem de nada fora do mundo! Desta vez não! A culpa está é em nós!

A água mata a sede, batiza, também mata, afoga! Molha semente, leva gente! Foi-se Domingo de manhã, gosto de pitanga na boca! Que maldade Chico! Que maldade!

A pólvora que enfeita o céu de cor, também provoca luto no chumbo cruzado e no coração alojado. Ouço um estampido! Pooo! ‘Caraí’! Que tiro foi esse? Depois que eu vejo, me acertou em cheio!

Eu luto que isso não seja verdade! Valei-me de novo Santa Benignidade! Me desprenda da dor intensa da saudade. Que dor doída é essa meu “cumpadi”? “Mardita” maldade! Maledetto! Maledetto!

É então mais feliz gente desprendida? Que não sente, mas mostra contente o “ter” e não o “ser”? O que há com a gente? Ter ou Ser? Hamlet agora seria diferente? Eis a questão!

Escute-me com atenção meu rapaz! Tuas moedas de ouro e toda a tua riqueza é o teu circo agora, entende? É o teu palco de vaidade! Mas a tua falência será túmulo! Serás velado pelado sobre o chão cru! Velório sem viúva trajando luto.

Ninguém te levará flores ricas de cor e sentimentos.
Não haverá mais festas e nem mais risos em seu apartamento!
Não há mais abraços e nem barulho, também não há mais convites e nem mesmo o “EU TE AMO!”

Agora só restam lembranças congeladas em um porta-retrato na sala de estar! Altar de sonhos!

Vivo agora jaz, jaz! Uiva-te para a lua, não como lobo, mas cão sardento de rua!

KKKK Rio para não chorar! Não mais! Já trago marcas em meu rosto e no triste olhar.

Agora tornas um indesejado, esquecido! Perdeu-te teus atrativos, tua serventia! Vagabundo, vagabundo!

Cessa-se o som, o calor, não silencia a pior dor do mundo! Noites sem dormir. Morre-te cada vez, um pouco mais!

Da carruagem de luxo, nem mais a abóbora! E olha, nem deu meia-noite ainda! Mas cadê ela? A Cinderela? A bela continua adormecida e os anões que a envenenam! Crucificaram o príncipe. Libertem Barrabás! Boa noite!

Como diz o Conzaguinha, “…É preciso, mais que nunca, prosseguir!”

“Espere por mim morena, espere que eu chego já…”

Será a paciência então uma virtude ou uma imensa perda de tempo?
É preciso agir de imediato ou esperar por um milagre? Eles existem? Blá, blá, blá!

Não! Nem sorte e nem azar! Coincidências talvez! Probabilidades, já ouviu falar? Pode jogar na mega da virada! Vai ganhar? Não sei! Confio na matemática, mas não em quem faz a soma!

Ahhhh Eu que cantava aquela música do Roberto sem prestar a atenção:

“…Quem espera que a vida seja feita de ilusão,
Pode até ficar maluco ou morrer na solidão!
É preciso ter cuidado para mais tarde não sofrer!”

Entendi tudo agora! Tudo decifrado! É preciso saber viver sim e o aviso já tinha sido dado!

Tudo pode ser apenas uma questão de planejamento, dedicação e trabalho, não do acaso?!

Vamos recomeçar então! Apertemos o botão “reset”. Vou passar um anti vírus em meu sistema operacional e eliminar o “troia” do amor. Ficou pesado, arrastado!

‘Foco e disciplina! Não bata palma para maluco dançar”. O tempo vai acabar. A inércia é a exterminadora DE futuro! Schwarzenegger foi quem disse, eu vi, ouvi, concordei e admirei!!

“Hasta la vista baby!” Vamos logo voar! Tripulação prepar… Epa!!!!!

Mas pera aí! Então não há merecimento por ser bom? Só programação? Meu Deus, que frustração!

Garçom, traz uma dose dupla de resiliência sem gelo! Ou melhor, não! Pensando bem, ser bom e honesto não é mérito, é obrigação!

Corrijo a proa e recalculo a rota! O vento erá través!

Haverá tempo?

Tempo, água limpa preciosa transborda transportada em botija sobre chão árido do deserto. Gota desperdiçada, evapora, perde-se para sempre. Sempre, no vácuo contraditório de quando e o quanto tenta-se contar-te oh tempo!

Voltemos à vida! Empuxo total!

No entanto, outra pergunta logo surge; Vivemos ou apenas sobrevivemos? Existimos para quê? Freud explica?

Às vezes pensam que dou voltas em círculos, até eu! Mas é apenas por insistência e para ter certeza do que fazer! Arremeto!

Afffffff! Haja elasticidade, papo sem fim!

Quer saber de uma? Que se “floyda” toda essa metáfora subentendida e todo o resto! O pleonasmo também! Para quê perder tempo com tanta discussão entre nós humanos? Por que afinal brigamos tanto?

Facilite a vida. Uma vez só é vivida! Somos todos passageiros turistas dessa grande aventura que é o viver!

“Escorre o tempo que seguro e cabe em minhas mãos
Eu empresto o meu mundo pra te ter então
Você vai acreditar talvez
Ou senão queira partir de vez”

Cruzamos os nossos caminhos. Parei em tua frente e te roubei para mim!

Vem cá! Beije-me a boca! Deixe-me roçar a língua na tua. Minha vida, vida minha, vida louca!

Teu corpo será sempre a minha maior tentação e a melhor aventura. Parque de diversão do homem-feito! Montanha russa do meu prazer.

Tenho a arte do assistir, da semiótica por pura poesia! Reconheço teus gestos e o olhar carente querendo ceder. Ademais, teu cheiro de fêmea no cio toma conta do ar e dispara alerta, ‘transpônder’ em mim!

Do simples beijo no rosto na hora da despedida, um acidente nos desperta de novo. Houve um leve toque pelo canto da boca. Coração dispara, acelera. Sobrevoo rasante sobre lábios. O cheiro da tua respiração ofegante me excita. Enlouqueço! Adrenalina toma conta.

Beijo-te a boca, dá-me as costas fazendo charme do não querer. Beijo-te então a nuca! Provoco sensações de prazer, arrepios de calor. Não tem mais jeito! Suas defesas caíram por completo.

Suspendo tua saia de viscose rosê, desço até o chão a tua pequena calcinha com detalhes em renda branca. Empina a bunda levemente me dando sinal autorizando a minha aproximação. Penetro, entro lentamente abrindo caminho. Já estavas encharcada de vontade! Então, solavancos na tua respiração.

Tira toda a roupa, veste o prazer, transpira pele toda nua!

Roça o peito na janela que dá para a rua movimentada. Vidro marcado por rastros de suas digitais e embaçado pelo hálito quente de teus gemidos ritmados! Olha, é a lua!

Deito-te sobre a mesa! És linda! Céu cavok! Pista de pouso do meu querer, eu vi, alinhei! Vou pousar na tua! Rosa dos ventos tatuando em meu braço aponta a direção!

Na mesa, tudo vai ao chão. Fica apenas, por pura curiosidade ou capricho, a moça de bronze segurando a balança em uma das mãos. Na outra ergueu a espada! Vai me apenar? Não sei se por vergonha, ela tinha venda nos olhos, mas “pagava” peitinho!

Olha minha doutora, você me tem nas mãos agora. Usucapião!
Tenho-te na alma. Busca e apreensão!
Temos uma longa história! Cabe “purgar a mora”?

Impetro recurso, quero continuar!
Rogo! Defira liminar! Caso urgente!

Exponho todos os argumentos possíveis, há embasamento e até jurisprudência!

Concluso para despacho! Por favor meritíssima, me atenda! Olhe, essa vara está é tensa!

Cede-me a tutela antecipada urgente!

Minha boca segue, lentamente, tateando cada cantinho de tua pele rumo ao paraíso, sul do teu corpo. Sem pressa percorro toda a latitude. Anseio o mel da gruta! Lá mato a minha sede! Boca gulosa, língua nervosa, enlouquecida! Tenho o gosto do teu sexo espalhado todo em minha boca agora. Você esfregou na minha cara ao retorcer o corpo. Vira-te os olhos, lambo, chupo!

Vem! De novo encosta em mim. Vamos somar: um mais um igual a meia nove. Não sou bom de matemática, mas quem vai questionar o resultado?

Morda então de leve o trampolim do meu corpo, invasor teu! Doce quente seguro por duas lindas mãos de esmalte vermelho! Que provocação! Churro latejante em tua boca, entre os dentes massageado pelo céu de tua boca e língua! Sente o pulsar do meu coração agora? Nasce um sorriso em sua cara de safada! Humm!

Retomo o comando! Vou te pirraçar e pincelar na entrada úmida do teu ser. Parcelas de prazer! Puxa-me então, afoita, para dentro de ti pelo calcanhar. Não aguentou a pirraça me chamou para dentro com muita vontade. Me chama de “meu homem” e eu de “minha puta”. Mas logo vem o “eu te amo” em mão dupla.

“O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos…”

Já dizia o Jabôr, mas prefiro dizer que o amor nos torna poético. O Sexo é sexo e amor também! Sou plural, parte dos Erotes. Faço amor e sexo na mesma transa, na mesma pegada! Prefiro ao som do Alok do que ao do Tsjaikovski, mas com a trilha da Enya eu já entro é em transe. Volto à Grécia antiga, retomo a forma mitológica de outrora.

Corpos suados, movimentos frenéticos e cadenciados. Rasga-me com as unhas, minhas costas! Teu cabelo na beira da mesa como uma linda cachoeira de cachos, quase toca o chão. Ver-te de cima, voo panorâmico! Que vista linda é esse ser! Neste momento contemplo toda a tua beleza mais… selvagem! Uma mulher felina, “onça braba” em meu p… Pantanal.

Coloco-te no colo agora! Cara a cara, boca na boca! Você é minha porra! Do beijo tarado, guloso e gostoso, desço pelo queixo e passo pelo pescoço deixando algumas marcas. Mordo de leve o teu ombro, marco o teu infinito no meu, e, por poucos centímetros, alcanço teus seios! Toco com a língua viciada, fervente, os mamilos já endurecidos, provocativos. Sucção! Passeio ao redor deles. Abrigo aréola pequena e rosada toda em minha boca ao mesmo tempo em aliso e aperto-lhe a bunda!

Entre os grandes lábios escorrega macio o firme e latejante mastro, o trampolim. Da ponta até o fim, sarra lentamente, lentamente roça, roça! Aquece pela fricção aumenta mais ainda o desejo, o tesão. Resgata-me então pela ponta. Fui capturado! Penetro de forma sutil e carinhosa o forno quente! Vira-te os olhos, sussurra em falsetes! Arrepio a minha pele, arrepia-te a tua.

Onça linda, brava da toca, domada, agora excitada! Entregue! Mas me diz se vês o céu daí? Vê-te as estrelas?

Amazona do prazer, cavalga no ritmo alucinante. Sou teu amante, garanhão, cavalo sem sela! Sou dominado ou domino? Nem sei, mas mexes que nem a Shakira, sua safada gostosa!

“…Estoy aquí queriéndote
Ahogándome”

“…Ay amor, es una tortura perderte”

Deito com você por cima! Seguro-te então firme pela cintura, arranha-me agora o peito com as unhas e uma força quase em transe!

Viro-te ao averso, viro-te de quatro! Bendita seja essa lordose naturalmente safada! Linda também é a visão do coração voltado para cima coração, bate cintura, bate, bate! O som abafado do ar expulso entre nós faz trilha Timbalada, “Por Conta Desse Amor!” Estou dentro de você, me engoles por inteiro!

Me vem na cabeça ainda outra música; “…Amo tua voz, tua cor, e o teu jeito de fazer amor!”

“-Safada gulosa! Eu te amo minha gostosa!” “-Gosta assim? Hum? Então toma! “Ela” é toda sua!”

Nas tuas dunas firmes me perdi, me achei e de novo me perdi! Seguro-te agora pelo cabelo. Invisto cada vez mais veloz e mais profundo! Chupa meu dedo querendo me engolir por inteiro.

Pompoarismo singular fez jorrar o recheio do doce, do churro! É o leite para moça. Açúcar tentação, cheiro da loção que emana do prazer, instigado pelo tesão! Que loucura meu Deus!

É a mais incrível que já tive! Batida perfeita, temperatura elevada, estreita e apertada! Quero de novo e uma vez mais, quero sempre mais! Lucro cessante!

Que vennha logo a sentença julgando procedentes os meus pedidos.

P.R.I – Publique-se, registre-se e Intime-se!

Desperto assustado com calção ainda apertado. Pressão para o Oeste! Não sei mais se foram lembranças ou um sonho, mas logo volto ao mundo real dos desencontros, dos injustiçados e da mão cheia de calo.

Há, no entanto, quem mais discorde do que os que riem ou decolem por sentir. Parece ser proibido ou démodé concordar, sentir, amar.

“-Eu já prefiro a paz que a razão!”

Data vênia, mas é cedo para desistir! Será então tarde demais para recomeçar?

Ela parece cantar a música da Legião Urbana, mas na voz da Simone.

Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender
Eu posso estar sozinha
Mas eu sei muito bem onde estou
Você pode até duvidar,
Acho que isso não é amor

Eu rebato e ofereço novamente uma do Roupa Nova, mas na voz do BEM:

..A lembrança do teu beijo, o perfume do teu corpo
A essência a razão do meu viver
Sinto falta do teu riso, teu abraço, meu abrigo
Tô morrendo de saudade de você
Eu te amo demais

Eu juro! Não quis o fim!

“Espere! Não vá! Eu te amo!” Tudo seria diferente! Vem, me empresta o colo novamente!

Ei, você foi e não deixou tão somente dor, mas paixão!

“-Ladainha! Leve o seu amor daqui, porque dele eu não preciso, Não te quero mais! Tua insistência aumenta mais a repulsa.”

Repulsa?

Eco no ouvido! Zumbindo que não me deixa dormir. E percebo que do muito, pouca coisa restou. E o pouco agora já quase nem existe mais! Ai! Ai… Senti uma dor atravessando a minha autoestima! Não faço mais a barba e nem corto o cabelo.

Aquilo que eu sinto por você
Parece ser maior
Que o destino que me passa e te passa
E há de ser um só.

Vou me jogar daqui do alto da torre de Babel: “Mira a niña, entiende de una vez!” “Come io ti amo!” “Please, do not go!”

Finez para continuar…”La finesse, mon cher, pourtant quelqu’un m’a dit
Que tu m’aimais encore.”

“Ne me quitte pas, Ne me quitte pas!”

A gente é diferente quando sente
Mas pode ser que mesmo assim
A gente até se ajeite

Danou-se! O cabra enlouqueceu de vez. Perdeu o juízo. “Quieta com isso “homi.” E ‘óia’ seu moço, corre e se apresse pra móde de num perder mais tempo, num sabe? Num carece mais por aqui ficar e nem mais passar! Caminha e pega teu rumo homi de Deus!”

“-Calma minha senhora! Traz-me um punhado daquela pimenta do pé lá em teu quintal. Vou só acabar de comer esse prato com feijão perto do fogão de lenha! É que de repente me deu frio e me faltou ardor na alma! Mas já me vou.” Amo demais a fala roceira!

Finque-se no chão agora, mas não crie raiz. Se fizeres, rega-te as lágrimas, não secarás jamais. Teu fruto não está mais aos teus pés, nem ao alcance da vista! Ahh meu Deus, outra saudade doida!

Do choro, há quem mais esconda do que quem o revele. Por vergonha ou por simplesmente não tê-la!

Congela-se fotografias coloridas, acendidas e filtradas. Sorrisos forçados de palhaço pintado, picadeiro lotado! É show! Começou, mas já termina.

No apagar das luzes, no assentar do papel picado e no dissipar da fumaça, plateia vazia e pipocas espalhadas sobre o chão de barro. Tira-se a maquiagem lentamente. Diante do espelho velho e oxidado, a luz oscilante de um candieiro revela aos poucos a soturnidade em preto e branco.

Não há tons de cinza, não mais! Branco e preto!

O palhaço não riu dessa vez, novamente!
Lágrima ácida escore e derrete a máscara. Pintura para a “feliz-cidade”!

Da matéria bruta, sem lapidação do ego ou da vaidade, quase não se vê mais, mas há vontade.

Tira-te então sob a visão, o obturador que captura almas de gente!
Calma gente! É sugestão. Não gritem! Não me apertem a mente!

Cães raivosos! Pensem antes de morder! Deus é mais! O povo não espera nem entender e já vem cheios de dentes! Afff Parece que beberam o mijo quente do Capeta!

Afinal? Há mais do Diabo do que de Deus na terra, em mim, em você? Que diabos!

Por que há tanta gente má e leviana se dando tão bem? Onde erramos afinal? Na vontade da verdade, no desejo da justiça verdadeiramente justa e do querer apenas fazer o bem?

Carneirinhos que engolem lobos experientes! Conspiradores alimentados pela circulação coronária do mal, como podem ferir quem lhes estende a mão? Olhe a parábola do Escorpião se afogando! Pronto! O chefe deu lição!

Homem grande, de coração maior, foi-se chorando para casa com a mochila nas costas! Me cortara o coração. Quanta injustiça meu Deus! Valei-me nossa Senhora de Fátima, onde estás agora?

Porque o mal se dá tão bem? Porque ele reina absoluto? Até quando?

A lei do retorno só acontece para poucos? Aqui fazemos, aqui pagamos? Cadê? Eu tenho presenciado a quitação de cada parcela de meu carnê! Haja juros meu Deus!

Mas eu errei de novo! Não posso julgar e nem me sentir melhor que ninguém! É ingratidão e um afronto às boas energias do universo.

Mas o universo conspira ao nosso favor de Janeiro a Janeiro? Existe a força da atração? Qual é O Segredo?

Então por quê não estamos jantando aos pés da torre Eiffel? Quero passear de mãos dadas na Shanzelize solfejando a música do Nando Reis por lá!

Existe o místico? O sobrenatural? Ou o vento abana e carrega apenas partículas que outrora eram poeira cósmica?

“Do pó viestes, ao pó voltarás!” ???

Vida inteligente na madrugada? Não! Lá fora sim! Não querem nem contato com a gente! RSrsrsrsrs Mas dizem que eles vêm somente para sabotar as armas nucleares. Dizem! Não que eu não acredite em vida fora da terra. Seria muita pretensão e prepotência nossa achar que somos únicos em um universo tão imenso. Nem ao menos conhecemos os mistérios de nosso mundo! Quem desvendou a fundo os sete mares? Há portais no Triangulo das Bermudas e do Dragão? Por que são perfeitamente alinhados? Túnel do tempo? Portais para outras galáxias? E os traçados misteriosos nos radares dos aviões sobre os lençóis maranhense? Eu vi, não entendi!

Eu queria com eles, os “ET’s”, encontrar. Confessar meus erros, pedir orientação, uma injeção de ânimo e sabedoria. Sabedoria para entender as adversidades e todos os mistérios da vida, entre o céu e o mar, daqui e de outro lugar. Bem mais além de Andrômeda!

Sou maluco em falar de extraterrestres? E Deus é o quê? É o ET que ninguém nunca viu, mas que muita gente acredita e adora! Ah! O Diabo também é ET! Nasceu há dez mil anos? O “atrás” é do Raul! Toca Raul!?

Ei Gizé, Tutmés desenterrou a Esfinge, a guardiã do horizonte, após em sonho ela promete-lhe um reinado. Assim foi feito! Quem explica? Coincidência? Quem pode invadir a nossa mente enquanto dormimos? Quem nos olha através do Olho de Horús? Através das câmeras dos celulares eu já sei! É o TRUMP.

A Esfinge seria remanescente de Atlântida? Qual a ligação? Platão? Quem apagou a maior parte dos arquivos dessa existência? Quem mandou esconder os mistérios? A cursoriedade mata os gatos?

Os Et’s estiveram por toda a nossa antiguidade? Existem mistério nas pirâmides do Egito? Existem nos continentes ártico e antártico? E a pirâmide da lua? Ilusão de ótica? As da mitologia egípcias são estrategicamente alinhadas com as estrelas do cinturão de Orion. Seriam usinas de força para teletransporte?

Osíris existiu? Foi um Deus em férias aqui na terra? O sarcófago era o fax de múmias?

Já houve vida em Marte? Como acabou? E o espelho do planalto de Gizé e a sua Esfinge gêmea? O que diz os relatos sumérios?

Queria mesmo era pedir aos extraterrestres o implante de uma porta mini USB na minha nuca para armazenar todos os livros do mundo. Antes porém, peço que formate-me mente, deletar lembranças, atualizar o sistema operacional! Mas eles não me abduzem! Só quem faz isso comigo e o velho e bom conhaque que já desce macio ao som do meu violão cantando o Geraldo. Não me reanima, mas alimenta a poesia.

Olha seu Geraldo, Fevereiro chegou, mas já podia ter ido! Me traz más recordações! Morri por lá!

Depois disso ganheir, mas perdi até a aquela que outrora me fizera tão bem! Mais que um pedaço de si, deu-me! Deu-se por inteiro como eu nunca vi, mas eu não fui capaz de fazê-la feliz! Não sou eu um enganador e por isso eu digo que não havia mais espaço, pois eu estava ferido e quase morto precisando me redescobrir.

A dor da partida dela ainda lateja em mim. Aquela qur me trouxera tanta alegria ao ficar do meu lado quando tudo caia sobre mim, que se doou por inteiro de uma forma que jamais presenciei, se foi. E essa culpa me corrói, pois, apesar de amá-la, não fui capaz de fazê-la feliz. Minhas feridas, profundas e ardentes, me impediram de retribuir o amor que me oferecia. Dela não fui digno.

Ela tinha “todas as coisas que um dia eu sonhei pra mim”: linda, radiante, culta e uma puta na cama. A mulher que desejei ter ao meu lado, uma gajoa com alma de cigana. Mas eu, um náufrago à deriva em um mar de dor, não pude lhe dar o que merecia, nem aquilo que já não me pertencia.

E foi assim que ela marcou o seu infinito em mim como tatuagem. Um lembrete eterno do amor que perdi, e partiu.

Mas disse-me a minha irmã cigana: “As almas se encontram e se sempre se encontrarão. De novo, outra vez e sempre.” Que assim seja então, que os nossos infinitos se toquem e se lacem e se entrelacem mais uma vez.

Por ora, adeus baby! Vai com Deus! São coisas dessa vida tão cigana, caminhos como a palma dessa não! O nosso caso foi de papel e lá fora era só temporal. Rio, para não chorar, porque lembrei de música Temporal de Leandro Leart do Exalta Samba. Faz sentido!

Dou-te a liberdade do voo. Libertei a flor!

Depois dessa, seu Geraldo, pede para a Elba cantar aquela de Dominguinhos? É gostoso demais! Porque dela a saudade é eterna.

Vem, senta aqui nesse banco ao meu lado! Vamos prosear um pouco mais! Canta aquela, de volta ao aconchego!

Olhe o que escrevi enquanto o amigo cantava:

“Eis que, de tudo, pouca coisa restou! O pouco agora é o muito, é tesouro!
E o que restou, que agora é o muito que se tem do que sobrou, é o suficiente para entender quão necessário é seguir… Prosseguir… Ir!

Ainda sobre o pouco que virou muito, muito é importante perceber a tempo, que a vida em seus lances mais rasteiros, rotineiros e baratos, de forma proposital e porque não dizer magistral, nos apresenta o que temos de muito e mais precioso, mas pouco percebemos. A felicidade em todos os momentos, por todo o nosso trajeto!

Que pena! Quase nunca vemos. Enxergamos mesmo é a saudade da felicidade que só agora entendemos! Ela passou por aqui! Ahhh que tempo!”

Se a gente não toma cuidado, a felicidade se esconde atrás da dor de uma saudade. Não é mesmo amigo? Daquilo que se tinha e não se tem mais!

Dizem que a felicidade é uma rosa, que é linda porque é tímida e dengosa. O senhor conhece essa música? Toca no teu jeito aí! De qualquer maneira!

Olha meu amigo Geraldo, tá meio azedo por aqui! A gente rir, a gente chora! Passo a noite em claro e vejo o dia sem renascer! Me faço crê, compreendo, mas depois desacredito de tudo! Volto de novo ao início daquilo que já me tira a paz!

Vejo um vulto de luz correndo em direção à porta! Será meu anjo protetor me abandonado? Não aguentou o cheiro forte do conhaque barato até agora, não iria me deixar neste momento. Deve estar colocando a sombra em seu devido lugar! Mais tarde acendo uma vela de 7 dias para ele voltar. RSrsrsrsrs

Existe algo nos olhando? Há quem esteja anotando a nossa rotina de acertos e pecados? Onde está o famigerado livro da vida? E o “Livro da Lei”, de Aleister Crowley, quem o escreveu?

Devemos então viver na lei de Thelema? Sociedade alternativa? Está tudo liberado até o fim? Me convidaram para a suruba, nem fui!

Quais os mistérios escondidos nos porões do Vaticano? Onde está o Santo Graal? O que quis nos dizer Da Vinci? E Dan Brown?

O Pontífice foi atualizado e a nova versão está bombando. É moderno, descolado, humilde e ganha cada dia mais a simpatia de todo o mundo. Estaria Nostradamus e São Malaquias certos em suas profecias? Seria então Francisco o anticristo? Não seria Pedro? Jurei que pensei que era o Bento!

Ainda de acordo com a famosa profecia de Malaquias, padre irlandês que viveu no século XII, o penúltimo papa não terminaria o papado, pois a sua saúde o forçaria à renúncia. O que aconteceu com o Bento XVI? O mundo pode acabar a qualquer momento?

Deus é mais! Mas me diz aí! É para quando esse juízo? O final já foi adiado várias vezes. Confiei tanto na previsão dos Maias, mas o mundo que acabou foi só o meu!?

Há mesmo algo oculto? Será revelado em breve? Haverá um cataclisma? Uma tsunami avaçaçadora, um meteoro para nos exterminar? Ou quem sabe ainda um vírus ceifador de vidas que deixará o mundo vazio como outrora?

Para quê tanto mistério? Parece até matéria de programas dominicais da TV aberta!

Papai dizia pouco antes de ir, na travessia, com os olhos esbugalhados, assustado:

“-Eles estão aqui! “Estão aqui!” “-Eles quem pai?” perguntava eu querendo entender! Ele então, quase sem força e ar, com as mãos trêmulas apontava para o vazio no canto da parede do quarto!

Tadinho! Enlouqueceu o meu velhinho! São os efeitos alucinóticos dos remédios, da morfina? Comentava eu com a minha irmã caçula ao mesmo tempo em que perguntava ao médico.

Mas será que era mesmo? Ou a droga abrira-lhe um portal para o surreal? Não? Então foi por está quase em seu ponto final? Quem veio buscá-lo? Ou foi um “pico” de desespero por não querer ir? Ele não soltava a minha mão! Ganhou força para isso! Choro só de lembrar!

Alguém me responde? Eu me canso de perguntar, mas resposta não há, então eu digo: Não tenho religião, mas não nunca fui ateu!

Acho que essa coisa de religião é apenas uma manifestação cultural. Cada lugar, cada povo e seus costumes tem a sua predominante. Os egípcios adoravam o boi ápis e outros animais.

Islamismo, Judaísmo, Hinduísmo,Budismo, Catolicismo… Meu Deus!!! São tantas! O que as unem? A fé? O ser humano precisa ter algo para acreditar?

“…Faz-nos um deus para que nos conduza!”

O povo não aguentou esperar. Desceu Moisés do Sinai e deu de cara com um Bezerro de ouro.

Temos mesmo tanta necessidade de depositar em algo ou alguém as nossas frustrações, desejos e realizações? Precisamos sempre de um líder?

Tem hora que eu desacredito na bíblia e sinto que estou lendo um conto de fadas! É muita história contada por homens “inspirados”. Não serei maldito por acreditar neles? O que diz lá em Jeremias 17:5?

“Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!”

Mas esperai aí! Deixa eu entender direito. Não era para amar o próximo como a ti mesmo? Como amar então sem confiança? Ah!! Faz o bem mas não confia! É isso?

Não seria estranho para alguém aqui do Brasil lê o Alcorão dos muçulmanos e acreditar que haverá 72 virgens aos que morrerem em nome de Alah? Como assim? Virou brega o céu? Seria esse o paraíso para eles?

O Islã e o cristianismo, são as únicas religiões que citam Jesus. E as demais? Em quem acreditar?

Se Judas traiu Cristo por um punhado de moedas, vendem Deus e seus milagres até hoje!

Nas igrejas sem imagens:

“-Deem o tudo, façam o sacrifício!” “Deus quer ver o teu sacrifício com a oferta de mil reais!”

“Coloca o teu nome dentro do envelope com cem reais! Vou ‘‘estar’’ orando! Amém?”

“Leve o machado e a botija do “azeite da vitória” para abrir os teus caminhos! Vem buscar com a oferta de no mínimo cinquenta reais! Amém? Para honra e glória do senhor, levante-se e vem buscar” Começa a tocar o tecladista, uma canção empolgante para ajudar! Kkkkk “Arrasto induzido”? Já vi pastor fazendo seguidores comerem grama.

Pego carona de volta para casa com o crente já veterano, mas o louvor e a pregação que toca no som do carro não coincide com as palavras envenenadas e repletas de ódio que saem de sua boca! Que contradição meu Deus! Resolvo então, emudecido, contemplar a paisagem pela janela. Aumenta mais ainda a minha dor de existir, a descrença na humanidade e da existência do bem!

Já lá, no pé do altar, sob a imagem de Cristo com o rosto sofrido, de manto roxo e outros sete arcanjos ao derredor, coroinhas deflorados, invadidos e silenciados por mãos que ostentam a hóstia e erguem o cálice. “Peccatum” padre! “Peccatum”

Santa é a santidade de Deus, mas isso é maldade! Vergonha padre! Fico com a mediunidade do “Francisco de MELO” e as palavras de sabedoria do Padre “Fábio XAVIER!” Me parece mais com a verdade até um certo ponto, antes de minhas novas interrogações!

Falamos tanto de religião, discutimos ações e razões a partir da ótica de nosso próprio umbigo. Só esquecemos de praticar o nosso discurso já tão engessado em nossos status e publicações nas redes sociais: Perdoar, amar e entender. Afinal, ter razão é apenas uma questão de ponto de vista. O seis para você pode ser nove para mim. Ninguém está errado!

Queria mesmo era morar na “time-line” das redes sociais. Lá parece ser um mundo maravilhoso né? Um monte de gente de Deus, do bem e da paz! kkkk Até acreditaria na publicação de alguns, se não conhecesse o caráter.

Mas quem sou eu para entender o que se passar? Há tantos mistérios e eu mal conheço EU! Já dizia Sócrates: “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.”

“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Sobre o que é o amor,
Sobre que eu nem sei quem sou.”

Estou no vazio estacionado, emocionado, inerte e quase incrédulo! Move-se o tempo tão somente á frente, mas também em torno de mim. Minha cabeça gira, dá “delay” e um cansaço!

Queria tão somente agora uma espaçonave de viagem no tempo e no espaço. Acelerador de partículas! Choque! Buracos de minhoca! Vou passando ao passado!

Quero tirar uma “sefie” com o Élvis e ouvi-lo cantar ao vivo!

You’ve Lost That Lovin’ Feelin. Foi por aí mesmo! Quero ouvir ainda a ‘Suspicius Mind’, ‘My away’ e a “Always On My Mind”. No final do show dou-lhe um abraça apertado e demorado! Próximo ao teu ouvido eu digo com a voz abafada pelo imenso colarinho de tua roupa ebúrnea reluzente:

”-Elvis, você precisa ouvir o Wiliam Marks. Me diz! É você lá de novo com a gente? Você voltou?”

Existe reencarnação? Saldo a pagar? Carma? Se sim, por que tirar a nossa consciência? Zerar a nossa memória? Não seria injusto viver sempre na “demência”? Na ausência da racionalidade espiritual?

O que tem a me dizer o Zohar? O Ari? E toda essa ciência cabalística? O Saddam Hussein era a reencarnação de Nabucodonosor II? Falhou em várias vidas e ainda vai voltar para sua conta ajustar? Ele quis recriar a nova Babilônia e até um novo Jardim suspenso. Era louco? Ou tinha que resgatar sua antiga missão?

Onde fica a matriz dessa fábrica de espírito? Quantos “chassis” eu já ocupei? Quanto mais irei ocupar? Depois daqui o que há? Onde fica alojada a minha alma em mim? Nos microtúbulos? Ela sai e volta em sonhos e/ou em experiências de quase morte?

A consciência pode se estender além do ser humano? Quem faz esse download e upload? O universo é autoconsciente? Alguém me ouve? Somos cobaias? Estão testando o quê em nós?

Sim! Me sinto um rato no laboratório de um cientista louco! Em minhas costas, não há nenhuma orelha artificial, mas o peso enorme da interrogação. De várias!

Me lembro da última vez que fui ao cinema com ela. Era Junho de 2012. Ela estava linda em um vestido branco colado ao corpo escultural. Assistimos o filme “Prometheus”. Não achei muito legal o enrendo e esperava mais efeitos especiais. Mas será que há alguma verdade nisso tudo? Somos tão tolos né? Não podemos acreditar nos filmes de ficção. KKK Mas confesso que tenho medo do desenho dos “Simpsons” e toda a sua clarividência e adivinhações.

Vou esconder o meu celular do Élvis! É que por aqui, no passado, é coisa de ficção.

Enquanto isso, lá trás em um passado não muito distante. Antes de sair do show Elvis, eu digo-lhe outra coisa: “-Se cuida Élvis! Cara, você é PHODA! Com PH mesmo!”

“Olha, trouxe esse pendrive e um “musicbox mp3” para você ouvir a música ”Esqueci de Viver” do José Augusto. Vá para casa e ouça ainda hoje. Só precisa apertar este botão! Tudo pode mudar para você.” Dou-lhe um outro abraço apertado e sigo a minha viagem no tempo.

Saio em uma pressa contraditória! Entro na máquina do tempo novamente. Preciso entregar uma carta endereçada a mim aos 18 anos. Devo levá-la pessoalmente embalado ao som do “Hear me now” do Alok. Cara, isso faz todo o sentido!

-Toma aí seu idiota! Me escute agora e leia essa porra com atenção! É um manual de sobrevivência e uma espécie de anti-inflamatório misturado com C8H9NO2. Vai nos evitar muita dor de cabeça!

Tenho ainda alguns conselhos:

  • Olha! Aceita o convite para assistir ao jogo final da copa de 98 com teu pai. Ele sente a tua falta e quer a sua companhia. Será a última copa de vocês juntos! Ele vai te deixar em três anos e você vai se arrepender pelo resto da vida por não ter estado com o seu velho. Não negue a ele esse pedido só porque ele fala demais e você não consegue ouvir o Galvão! Não faça isso comigo! Até hoje dói demais!
  • Escute-me de novo agora meu garoto! Olhe em meus olhos e me ouça atentamente! Daqui à doze anos você vai conhecer a mulher que dará o maior presente de todos. Um filho! Cuida bem deles cara! Não a faça chorar nunca! Ele é a melhor coisa que vai acontecer em toda sua vida, em nossa vida!

-Preciso realmente voltar agora, mas por favor, zele por mim, zele por nós! Estude e compreenda o mundo um pouco mais!

Me deixo no passado segurando a tal carta, mas boquiaberto, estupefato, em choque! Precisava ver a minha cara de mané ao me ver mais velho e mais esperto que eu! Meu Deus que confusão para falar de mim mesmo. kkk

Fiquei com vontade até de tirar uma foto para fazer um “meme”, mas isso poderia causar um colapso no tempo e sabe se lá o que poderia acontecer com a humanidade.

Mas será que dessa viagem voltaria alguns nanós segundos mais novo? Ou quem sabe anos? Rsrsrsrs! Vai depender da duração e do curso percorrido! É relatividade! Einstein sabia!

Queria mesmo poder ir de volta ao passado, porque do futuro nada me encanta, receio! O presente já tá feio!

Antigamente tínhamos que recortar velhas revista e jornais para fazer nossos trabalhos de escola. De passar horas esperando uma música passar na rádio para poder gravar em uma fita cassete, BASF ou VAT, o que importa? O importante era ouvir, ainda que pela metade e com a vinheta da rádio, a canção falando de amor, de poesia. All by my self, The Housemartins, Still loving you.

Hoje está tudo mais fácil e descartável! Não dá mais emoção! Tá tudo sempre tão disponível!

Quando menino, era imaginação, hoje é o X da satisfação! Mas o treco até que é bom! Alivia a pressão! kkkkkkk Dou de presente no dia dos namorados, um hidratante para as minhas mãos! Vamos jantar minha querida? Ele me diz não! Verdadeiro tapa na cara!

A TV ainda era de tubo com caixa de madeira esfarelada, com pouca ou nenhuma cor, mas exibia o fascínio pela novidade e fascinava pelo conteúdo! Que BBB que nada! Eu queria mesmo era assistir o Shazan, a Feiticeira e os Trapalhões. Olha, é um clipe do Lulu no Fantástico!

“Nada do que foi será de novo
Do jeito que já foi um dia
Tudo passa,
Tudo sempre passará…”

Sábio profeta! Mas de que vale então a modernidade? Adoecer a sociedade que nem reconhece em si mesmo a necessidade de um tratamento?

Não podemos tirar a polícia da rua porque os nossos direitos são logo invadidos, corrompidos! Somos corretos pela obrigação?

Em quem vota esse tipo de gente? Em outro ladrão é óbvio!

Com o celular surrupiado, sacado da vitrine da loja, ele grava um vídeo para o Jornal Nacional! “O Brasil que eu quero para o futuro é um país…”

Cara de pau! Vagabundo! Hipócrita!
Safado no pedestal da moralidade! Desce daí seu corno!

Faltou-lhe educação em casa e isso não é obrigação do professor!

É meu amigo Lulu, assim caminha a humanidade. Com passos de formiga
E sem, sem vontade. Você acertou de novo!

Polícia prende o ex-aluno faltoso, filho rebelde de dona Maria. Lavadeira que separou-se de seu João quando o menino tinha apenas 6 anos. Ela foi lavar roupa na casa do vizinho e por lá ficou!

É que o João passava as tardes entregue à cachaça barata, jogando dominó na porta de um botequim. A maria já sentia falta do carinho de um companheiro sóbrio e de pés limpo. Achara na rua o que há muito tempo esperava em casa.

Seu João, pai do menino, morrera atropelado no trilho do trem no subúrbio ferroviário próximo à Coutos. Bendita locomotiva da morte, o livrara da dor da cirrose que já lhe consumia o fígado pastoso.

Tornou-se então latrocida, o filho da discórdia! Antes, ainda menor, era avião do pó! Mas logo fora solto e morto em novo embate com a polícia durante assalto a uma casa lotérica na Garibaldi.

Policial herói prende, tira bandido de circulação, mas pressionado pelo flash do DH meliante vira mocinho e justiça manda soltar. “-Ele é mais uma vítima da sociedade! Faltou-lhe base da família!” Oxe? Inverteu-se tudo? Será verdade então? Quem agora mora atrás de grades? Quem é o vilão?

Mais à frente, putaria na escada da praça que é grande, rastro de camisinha depois da manifestação pela liberdade de ser o que quiser ser! É expressão!

Oxente! Atentado ou pudor?

“Viva a putaria!” Passa um “Glitter falante” ao meu lado apertando as minhas partes íntimas!

Calma meu rapaz! Tens só brilho no corpo ou na alma também?

O Renato dizia que precisamos amar as pessoas como se não houvesse amanhã! Então vem aqui cara! Vamos juntos ver o mar! O mundo não é só sexo e existem outras coisas para amar! Olhe o horizonte contemple! É infinito, eu sei!

Lutamos tanto pela liberdade, mas parece que não desenvolvemos o “bom senso” para saber usá-la! Mas a visão de bom senso não lembra a discussão entre o 6 e o 9?

Pega! Chama a polícia! Tem uma mãe aqui amamentando seu filho com o seio para fora! Atentado violentíssimo ao pudor! Sem Topless minha senhora!

Xiii! Agora lá vem a turminha do vinho São Jorge dobrando a esquina do Farol. Olha a fumaça! Nada contra, mas não com palavrão em voz alta!

Na balaustrada de vista ao mar, masturbação dupla em plena luz do dia. Haja manivelas. Barra pesada!

-Vamos embora daqui minha mãe! Digo eu para a minha genitora já fadada ao esquecimento da vida que teve.

Na estação do trem, vejo um rapaz com o olhar aprisionado em mim, ignoro! Mas percebo a moça que ficou em pé sem lugar para sentar dentro do vagão!

Já tenho medo de ceder o assento para a moça porque ela é me parece bonita, mas a minha educação insiste!

Logo inicia-se uma longa discussão, mas fico calado e respondo em pensamentos! Não gosto de falar em transporte público. Deixo o espaço para a reflexão!

No meio do calor do embate em movimento, o rapaz que me comia com os olhos me pediu o telefone! Eu disse não e voltei a prestar atenção no assunto em “pingue-pongue”.

-Ato machista!
-É assédio!

-Oxente! Elas não querem tudo igual?

Não! Não embarquemos na discussão! Elas querem o devido respeito, reconhecimento e o poder de escolha e decisão de suas próprias vidas! (Falo de forma firme ainda em pensamento!)

-Pega o peso então sozinha, já que queres o direito igual!

Ô babaca, nada tem a ver com força física, mas mental e política! São direitos! (…penso em gritar com ele, mas me recolho ao direito de permanecer calado! Afinal, tudo o que eu disser pode e será usado contra mim!)

“-Olha a outra lá se segurando mostrando o sovaco cabeludo. Kkkk”

Eu olho, mas abaixo a visão! Não é meu tipo, mas respeito sua decisão! Dessa não consigo me conter e com uma certa explosão eu respondo!

-Me admiro da senhora que é mulher! Não sabe que cada uma faz de si o que quiser? Seu corpo, suas regras!

Mas pera aí! Essa coisa também não está demais? Vamos cantar!

Eu te quero só pra mim… Você mora em meu coração… Não me deixe só aqui, te esperando mais um verão

Oxente! Não pode? Dizem que essa música demonstra um caráter possessivo, pois o autor quer algo ou alguém só para si. É doentio, não é amor!

Antigamente era homem de valor aquele que demostrava amor, querer e coragem para lutar e reconquistar uma mulher. Hoje é um doente precisando de ajuda! Vão acabar as canções de amor também?

kkk Me faz uma garapa sinha disgraça!

Então por que os cantores dos hits “Vai novinha”, “Vem sentar na minha… vou te pegar e lascar na força cachorra!” não estão respondendo processo por apologia ao estupro? Cadê o plantão das feministas? “Eu nunca vi umbu ser tão azedo!” kkkkkk tome gargalhada abreviada! A-bre-vi-a-da! Abre viada!

Ah! Liberdade de expressão né? Entendi! Só não vou aceitar o argumento de licença poética. Não! Aí já seria demais!

Por que o homem que sai pegando um monte de mulher é chamado de “Namorador”, “Garanhão”, “pegador”? É esse mesmo cara que chama a mulher de puta quando ela resolve dá o troco e se comporta como ele?

Vamos esquecer tudo! Cada um vive e ouve o que quiser! Não sejamos tão extremos! Mas deixem as mulheres livres para serem o que quiserem!

Toda a bandeira empunhada, que não seja a branca, é extremismo e isso nos faz mal! Essa coisa toda já está demais! Uma briga sem fim e ninguém entende o direito de ninguém! Vamos todos acabar na solidão?

Tá ok! Mas calma! Não somos todos iguais não! Há homens, bons e outros más! Há homens e também moleques! Não me julgue sem antes mergulhar em mim!

Nem ao menos vejo tão somente o alvo do prazer de um corpo formoso. Me atento aos detalhes, das mãos, do pescoço, do sorriso, de ombros femininos, seja ela gorda ou magra.

Me diz apenas o que estudas, quais teus planos para o futuro e o que espera dele! Tem metas ou apenas vagas? Trabalhas ou dança o dia inteiro na frente do espelho segundo o celular?

Sou quadrado mesmo, mas não de oito!

Não embarco nos esterótipo de beleza imposto pela indústria de plástico e nem pelo embalo de tendências. Quero essência! Quero naturalidade e maturidade! Já me excito até quando vejo uma celulite ou estria! Kkkk Percebo que é uma mulher de carne!

Na saída do trem o viado que já insistia, começa a me seguir e logo ouço uma voz forçadamente afinada:

Vou te chupar todinho seu gostoso! Quero “quicar” em você!

Eu ia mandar ele tomar naquele lugar, na zaga! Mas lembrei que é onde ele quer chegar. Rsrsrsr Tele, zaga!

Porra meu irmão! Não é NÃO! Esbravejo e saio mais acelerado! Que saco! Que saco!

Eu não posso mais elogiar uma moça, mas o cara vem no meu cangote falar besteira! Se eu denunciar ele por assédio e importunação, a mídia vai dizer que é homofobia! Serei eu crucificado ao lado dos imbecis então.

Se ele ao menos falasse a língua dos anjos.
Se cantasse bonito “Calling All Angel” do Lenny Kravitz, daria eu mais atenção! Nada mais além! Mas se fosse amor, por amor eu até entenderia.

Essa música me faz lembra o primeiro beijo dado, no passado, que mudou todo o meu presente e certamente, o meu futuro!

“Mas tipo assim ó” O passado me fascina mesmo! Havia respeito, havia efeito da responsabilidade! Ninguém tocava menina, só a poesia!

Nostalgia! Ouço Gloria Gaynor me chamando para dançar na pista! “Can’t take my eyes off of you.” Vou ali viajar na magia da luz estroboscópica! É a música mais linda do mundo!

Não, eu não sou gay e nem tenho o arco-íris escondido em meu guarda-roupa! Além do mais, a música não define isso! Nada tem a ver com sexualidade, mas sensibilidade! Ouço o Ney, o Fred e outros tantos mais, mas não o Vittar. Me causa enjoos, fere os ouvidos!

Aquilo que ouves, diz exato quem tu és! Por isso dizem que sou louco, mas louco mesmo é quem me diz!

Agora volto a me questionar! Quem está no controle?

Penso que nada pode ser por acaso, mas cadê a prova?

A minha TV não aumenta o volume sozinha! É o comercial popular que vem com o áudio potencializado com a intenção de sobrepor o falatório das discussões sobre a novela.

Dizem que o pobre fala mais alto que o rico, né? Mas eu já vi muito rico falando alto e ainda cuspindo!

“-Eitha! Agora ele vai voltar pra ela! Ela vai deixar o Dilermando e ficar com Zé Bento!! Comenta dona Cotinha enquanto coça, com as mãos por dentro do imenso sutiã, seus peitos fartos!

No meio da algazarra e a euforia proporcionada pela expectativa de felicidade dos personagens, o comercial chama atenção com seus efeitos sonoros de explosão em alto e bom som! Como se dissesse: Alô gente mal educada, ouça!

“BUM! PRAAA!!! O DONO DA LOJA FALOU!! CABRUM!!!!
NÃO COMPRE NADA ATÉ SEGUNDA-FEIRA!
GRANDE QUEIMA DE ESTOQUE! CORRA! CORRA E USE O SEU DÉCIMO TERCEIRO”

KKKK

Pela décima quarta vez então eu repito: Eu não aguento mais esse mundo idiota! Ei táxi! Sintonize na 90, o Cota está cantando o amor. Mas leve-me urgente à lua, na face oculta por favor! Tem mais mistério por lá! Dizem até que o Armstrong fez um acordo com “eles” para não mais voltar! Isso talvez explique muita coisa. Mas sabe se lá Deus se é verdade!

Por falar em Deus de novo, Deus está onde afinal? No conforto de seu trono assistindo com o controle remoto em sua mão essa série sanguinária? “Calma! Mais um episódio vai começar. Não posso responder agora!”

Tá então! Abre-se o “Pop-up” em contraste piscante: O Kim Jong-un está bem viu? Ainda cercado de mimos e atenção com o dedo sobre o botão!
O Trump e o seu topete cor de merda também. Está mijando na cara da gente, mas vai cagar em Alcântara agora! O Maduro? Ah! Esse apodreceu e já, já cai! É fato! Não é “fake” e nem “news!”

Que calor infernal está fazendo por aqui!

A Dilma sumiu e levou consigo todo o estoque do vento, a blusa vermelha balonet e também a mandioca. Tadinha, foi de bicicleta para a casa! Mas a Mônica já estava meio gordinha?

Lembrei agora do papudo lá na Papuda! Tanta gente morrendo de fome e um monte de dinheiro emancipado, morando sozinho! Que graça! Foi a “mama”a “chefona”? Faltou o terno listrado, o chapéu e o charuto! Máfia italiana!

O Lula perdeu o poder, a esposa, o neto, o irmão e a liberdade! É cobrança? Está pagando aqui antes de ir? O que de tão grave ele fez? Foi derrubado? Caiu por vez? Ou mereceu? Quem peca mais? O Kim ou o Luiz?

Mas o que mudou de verdade? Continua tudo tão lá! Maia é o vício da velha política. É metástase daquilo que não quero nem falar. Herança do maior mal do Brasil. O carrapato no pescoço do “boi” mudou de nome, mas não mudou o caráter! Perdeu o “P” de puta, mas continua se vendendo. Olha lá o verme na papuda!

Paaaa! Pooo! Abaixa uno sete! Abaixa que é tiro! Recomeçou o tiroteio da sujeira e safadeza! Corre vai na imprensa denunciar, mas antes passa no “marketing”, no setor comercial. Ah! Eu não confio em você!

Eu bem na verdade acho que você despreparado e sem postura para estar aí, mas ao visto foi a única opção na fulga do mar revolto da intensa corrupção! Mas olhe, atente-se capitão! Não caia também na tentação.

Eu te falei sobre as armas não foi? Lembra? Mas abaixem todas as outras! Não precisamos delas! Não me tire esperança de acreditar em nós!

Há ainda metralhadoras, ainda desmontadas, mas já cheias de balas de ódio, raiva e ganância. Como dizia o poeta rebelde, a piscina continua cheia de ratos! Triste senado!

O tempo não pára, mas ainda vejo um museu cheio de novidades!

Xiii! Esqueci que estava falando com o senhor Deus, mas é “God” e “good” e sempre sabes tudo!

Então por que somos testados o tempo todo? Já não sabes o que vai acontecer? Não nos conhece desde o útero de nossas mães? Que coisa cansativa!

Minhas folhas caíram quase por inteiro, o senhor não viu? Nãoooo? Xiii! Que distração Deus! Está assistindo ao filme do Edir e não me viu né? O que tenho mais a perder?

Me responde outra coisa! Não seria o Brasil o “back-up”? Hangar do mundo? Porque isso aqui ainda está assim?

Esperem!! Não apertem o botão vermelho! Ainda não estamos prontos! Estamos com os nossos problemas ainda! Nem acabamos com as obras da copa de 2O14. kkkkkk

Mar de lama, mar de chuva, chuva de chumbo na escola! Assinaram o nosso futuro!

Mas Deus, mais uma pergunta, prometo não incomodar vossa majestade! O senhor existe mesmo? Tá por aí?

Ah tá! Mora no silêncio e no subentendido. Na alucinação coletiva e utópica dos cegos de mente?

Também não sei!

Mais uma vez para ficar esclarecido. Deus existe? Envelheceu ou está surdo, cego e mudo?

“Que pergunta é essa? Estás maluco? Bebeu?”

Não, veja bem! Há mais guerra que união! Há menos pontes e mais separação. Dos ideais, de sonhos, de sentimentos e de casais. Tudo se desfaz, agora jaz, o amor… o querer!

Estar junto e unido, raridade!
Mata-se em nome de Deus, isso é verdade!
Morre-se por Deus, triste é essa realidade!
Morre-se sem ver Deus! Aí ninguém sabe!

Guerra! Guerra! Só vi isso na humanidade desde que eu me entendo como gente! Quem é o senhor do amor de verdade?

Não matarás! Não matarás? Mas quem mata não seria aquele que decide quem vai morrer? O mandante?

Há quem morra em um tombo simples no banheiro e há quem escape quase ileso de uma queda do décimo andar. Quem escape do acidente de avião, mas morra do coração!

Quem mata é aquele que aperta o gatilho? Ou tu que permite isso? Olhe Deus, o chão está coberto de folhas secas!

Sinto dores!

Às vezes o que nos fere mais e até pode matar, não é nem o tipo da arma, mas que as utiliza!

“Corre-te! Vai-te trabalhar vagabundo! Vá ligeiro para tuas contas pagar!”

-Que sofreguidão! Já vou, mas onde? Talvez nem volte mais!

Quero além das contas pagar, a paz! Quero sonhar. Quero apenas voltar a querer o que mais eu queria ser, eu!

Quero voltar a querer o que mais quereria querer, ter o amor meu que se perdeu. Restou um terço de mim, o Orfeu!

Move-se o tempo tão somente à frente, move, lentamente. Tenho medo do silêncio e do escuro da solidão, mas também da ausência de respostas.

Questiono sim! Não é assim? Penso, logo existo? Ou deixo de existir justamente quando começo a não compreender? Não existo mais!

Não posso questionar? Descarto o Descartes então!

Quem é o maior ditador de todos? Pinochet? O Kim? Hummmm! O Chávez? Ou talvez o Fidel? Não? É o Diabo? És tu Deus?

Quem impõe as dores nossas de cada dia? E o pão? Quem dá? Quem nos tira?

Quem foi a vítima do holocausto? Os Judeus? Hitler?
Quem espetou Cristo na cruz? Maldita herança!!!
Vingança? E o perdão, não? Ah ta!

Lúcifer pecou, foi expulso e lançado justamente para o mesmo habitat dos filhos amados teus!? Que amor é esse? Me recuso a dividir o espaço com o Cabrunco, Coisa Ruim, Zói de Fogo! Aqui não tem espaço mais não!

Oxé! Sai pra lá chifrudo de “uma figa!” Está apertado demais aqui! Vai tomar um banho! Que fedor de enxofre, de couro queimado e chulé de cu! Seu “Fí de uma rapariga”

Ó Deus, olha! Dá não viu? Ou eu, ou capeta! Definitivamente, os dois aqui não! Mas faz o seguinte: Dá um esculacho nesse Diabo e vem tu morar comigo! Desce aqui!

O meu apartamento é pequeno mas dá para nós dois! Tenho um violão, um piano e um saxofone. O que o senhor quer ouvir? Eu gosto da música “Fly me to the moon” Sinto-me atraído pela Lua, ela me fascina! Queria ir lá morar com ela, mas tenho medo de sentir saudades da terra. Eu vi no clipe do Frejat! Aqui é ruim, mas é bom!

Mas me diz aí! Quer ouvir uma da Aline Barros? Já sei! “Ressuscita-me!”
“-O senhor sabe a letra? Olhe aqui então no meu velho computador. Eu não enxergo mais tão bem. A idade já me ofusca a visão!”

Putz Deus! Isso me faz lembrar uma outra questão. Temos prazo de validade? Vida útil? Tudo estraga tão rapidamente! Não vivíamos mais e melhor no tempo da bíblia?

Artrose, artrite reumatoide, tendinites, osteoporose, catarata.

O bigode chinês dedura a aproximação disso tudo? Ahhhhh por isso não! Já temos o fio russo para suspender e esticar o chinês da cara da gente! Falta apenas a fonte da longitudinalidade para chegar no mínimo aos cem.

kkk É grave, mas a gravidade não vem do centro da terra, mas de cima! Sem trocadilhos viu Deus? É o que diz a ciência!

Perdoe-me ainda o ébrio mestre! É para aliviar a dor daquilo que o senhor me deixou como herança, amor!

Mas desce, vem! Vem pegar comigo um ônibus lotado às 4 da manhã. Requentar o arroz com ovo na vasilha desbotada de margarina barata. Xii! O tomate azedou!

Não podes né? É, esqueci de novo! És rico! É o dono da zorra toda né? Do ouro e da prata! Então por que tanta gente aqui se mata? Há pobreza e desgraça em todo lugar e o mal provém do dinheiro! Tem teu nome gravado nele! Queima Jesus!

Ainda acredito na remissão do Diabo que já foi um anjo de luz. O final seria como o ‘Star War”, quando o Darth Vader se rende ao lado branco da força. Mas me diz? Por o lado negro tem que ser o negativo? Vão te acusar de racismo viu Deus? Quem avisa amigo é!

O negro aqui sofre muito, muito mais que nós branco. Oxe? Não sabes? Triste realidade! Falta-lhes a oportunidade. É por puro preconceito da raça e o conceito de boa presença. Que sentença! Que castigo! Sou muito mais a Beyoncé e a Iza do que a Cameron Diaz e a Xuxa. Quem disse que precisa ter olho claro para ser bonita?
Onde fica o brilho do Joaquim Barbosa e do Obama?

Os rabinos judeus disseram que a pele negra teria surgido de um castigo por causa de Cam, filho de Noé. Se isso for verdade, quanto sangue e sofrimento de inocentes foi exposto aos céus? Herda-se a maldição?

Me recuso a acreditar nisso! Nem gosto de discutir etnia. Amarelo, branco, negro. O que importa? Se vermelho é o nosso sangue, qual é a cor da vergonha em ficar discutindo isso até hoje? Afinal, ninguém por aqui é mais puro. Somos todos mestiços sem raças definidas. Somos como cães vira-lata, só que pior, pois eles são mais fiéis.

Mas Deus, já vistes os calos nas mãos de quem lida na roça sob um sol escaldante e o chão árido? Ouvi dizer que nem o Chulerento vai lá! Mas a morte, ahhh! Essa não se atrasa! Bate ligeiro! Não erra o endereço e leva até a beata que segura o terço! Que triste fim sem o devido começo e nem meio! Fé viúva!

Dona Zefina, irmã de Zetinha e tia de Tonho que fazia poço nas rosas de dia, mas de noite tomava conta de um botequim, não perdia uma só missa, rezava muito! Dia noite e noite e dia. Tinha fé e vontade de ver sua casa enfim construída! Afinal, já se passara muitos anos do chão ainda bruto ao telhado mal acabado. O finado seu marido ainda era vivo. Na casa não havia nem o reboco nas paredes, mas o seu caixão já ocupara a metade da pequena sala.

Poltronas rasgadas e magras tão qual o gado atrás da cerca. Tijolo de cal verde sapecado, mal prendia o prego torto e enferrujado que segurava o antigo retrato já desbotado. Lembrança do casamento e de outros parentes já falecidos!

Tadinha da Zefina, pálida, dura, mas com o terço ainda na mão! Tua santa de devoção não a protegeu, não a livrou da morte e nem de todo o sofrimento em vida. Está lá no altar, guardada atrás de um vidro para não cair e quebrar e nem ser roubada.

Guardas protegem a santinha, mas a santinha protege quem?

Eu lá vou saber? Não quero nem saber de onde surge tanta adoração! Cada um na sua meu irmão!

Mas todos conhecem a inúmeras histórias de sofrimento e a expressão de dor dos que pelo sertão residem! Meus irmãos de sangue e alma. Seu choro, minha dor!

Há rugas no chão mas na cara e nos braços também! Suor, roupas rasgadas, sandálias comidas e pés rachados! Há lamentos em cânticos, mas não chuva!

Por que isso? Por quê? O que esse povo te fez?

Já sei! A ciência explica de novo, outra vez! Só pode ter a ver com a inclinação do eixo da terra. A mudança na órbita que fez o Saara verde secar, vazar! Virou deserto sem mar! Água só daqui a 15 mil anos.

Então os irmãos, estão no lugar certo, mas na hora errada? Caramba!

Há um preço para cada ação? Então, onde estás? E a justiça que se faz?
Disparo balas de canhão para que me ouças aí de cima! Ouça-me! Ouça-me! Insisto uma vez mais! Não cales como sempre faz comigo! Vou subir aí viu? Vou cobrar aquilo que dizes! São só palavras e nada mais? Lembra do Isaías 41:13?

“Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo.’

Chega de sofrimento aqui embaixo! Eu não comi da maldita maça!
Vem sem demora! Qual o porquê do atraso?

Apresente-se a mim, porque não conheço nada de ti. Apenas ouço falar.
Devo acreditar no bem e em ti apenas por presenciar a ação do Diabo e não do agir de ti ó Deus?

Por que te ausentas? Porque fazes isso?

Perco a salvação por questionar? Por reivindicar a felicidade e uma vida mais serena para mim e os meus iguais?

Antes porém, de pesares a mão, veja o tudo que nos une e não, tão somente, o pouco que nos separa. E logo eu digo: A culpa não foi minha! Eu tentei!

Abra a tramela da tua visão! Não Vês? Foi por amor! Sempre foi amor!

Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo quando ainda estávamos mortos em transgressões – pela graça vocês são salvos.
Efésios 2:4-5

Para onde pretende me mandar então?
O inferno já não é aqui?

Cara, eu tenho fome! Tenho sede!
Me mates ou me faças te conhecer!
Então, afaste-se de mim esse cálice! Ouça! Não afaste-se de mim e nem, muito menos, cale-se!

“Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta” Não gostas dessa música do Chico?

Não me lembro de ter pedido para vir, mas já posso ir! O palhaço sucumbiu! Não quer mais rir!

Quem sabe veja o tudo, ou nem mesmo possa contemplar o nada! Já que nada pode ser que há!

Há porém mais uma dor em vida. A dor da certeza que se traz. É o tempo que vai… o que se perde, não volta mais. Agora o fútil e o raso, isso já dói demais.

Mas ainda se puderes ouvir, estou aqui no ar, perto de ti. Não me tire as asas indomáveis da ousadia. Vim pedir-lhe, ao pé do ouvido, o que já digo.

Cuida de mim! Cuida de nós!

Se não puderes nada fazer, arranca ao menos o diabo daqui e manda à 13,4 bilhões de anos-luz da Terra. Coloca um selo na testa dele com o endereço: “SPT2319-55” e a frase: “Eu sou um vacilão!”.

Se nem isso poderes fazer, ao menos tire-me o vazio ou a capacidade de questionar e reivindicar!

Tira-me me da solidão que me causa medos, mas também a saudade daquele riso, daquele olhar que me fazia enxergar o infinito. Tira ela de mim, de dentro de mim! Tira a lembrança que ela deixou.

Diga-me Deus, que a culpa está em nós, em mim e não em ti! Que cada um tem o que outrora plantou. “A Ordem ou submissão do olho seu?” Eu até entendo, mas novamente pergunto:

E o amor? Eu plantei por todo o caminho!

Resta ainda porém, além do nada que ficou, a vontade de voltar a acreditar em ti e na antiga versão do amor.

Porque assim tudo, quem sabe, um dia se refaz e a morte não é mais para nós!? Ou jaz!?

Sono eterno e profundo, múmia de faraó não desperta jamais?

Perdoe-nos por tudo Deus! Somos apenas crianças mal criadas e a culpa não é de nossos pais tão somente!

Vou terminar a ladainha, a lamentação sem saber se faço o sinal da cruz novamente!

Vou virar um incrédulo graças a ti Deus!?

Olorun yoo sọ!
Insha’Allah!
Ajayô

Do final da garrafa, das canções e da madrugada, veio uma luz! Não só das frestas da cortina, mas da inspiração divina!

É um novo dia! O sol nasceu de novo!

Fica porém, a minha única verdade, que é a inteira “Metade” do Oswaldo Montenegro.

“Que a força do medo que tenho,
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca,
pois metade de mim é o que eu grito
a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza,
Que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante,
pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade.

Quer as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimentos,
pois metade de mim é o que ouço
a outra metade é o que calo.

Que a minha vontade de ir embora
se transforme na calma e paz que mereço.
Que a tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada,
porque metade de mim é o que penso
a outra metade um vulcão

Que o medo da solidão se afaste
e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
que me lembro ter dado na infância,
pois metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o seu silêncio me fale cada vez mais
pois metade de mim é abrigo
a outra metade é cansaço.

Que a arte me aponte uma resposta
mesmo que ela mesma não saiba
e que ninguém a tente complicar,
Pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer,
pois metade de mim é plateia
a outra metade é canção.

Que a minha loucura seja perdoada
pois metade de mim é amor
e a outra metade… também.”

Augusto MItchell