Cupincha eu? Deus me “Loures”

Cupincha eu? Deus me “Loures”

O ladrão que corria na rua não era negro e nem mal vestido como gostam de dizer por aí. Não levava consigo nenhum pertence puxado e nem era motivado por uma ato de desespero, mas pela ganância. Deus me Loures!!! Não era um relógio ou corrente, era um mala que, mais que dinheiro, carregava gritos amontoados. Mas calma! Peraê!!!! Ninguém gritou pega ladrão? Ah sim! Foi armação. Tá bom! Entendi! Deus me Loures novamente!

Mas e a polícia não fuzilou? Ah não? Deus me Loures de novo!
Há muito tempo que as máscaras caíram. O carnaval não esconde mais as falsetas e suas caras.
Nem o circo encanta mais como antes. O público desconfiou das armações dos palhaços. Afinal, qual é a graça mesmo? O riso não era para vir da platéia? Agora ouve-se apenas silêncio! Ei! Psiuuuu! As lágimas secaram. Estamos ouvindo!


Se olharem com um pouco mais de atenção vão ver! Vejam! Reparem! Não deixem que a altivez continue lhes tapando a visão! Ei Dr.Ladrão, excelência, permita-me dizer que o protagonismo mudou de lado! Não está mais no picadeiro, mas nas arquibancadas de um país inteiro.
Hoje eles, não digo ladrões, mas latrocidas, foram reconhecidos. Todos eles, um por um! Usam terno da cor de rato ou da capa de vampiro. Andam em blindados cheios de si. Quem os imputa, quem os imputarás? Eu? Você? Não, todos nós!


O papudo dos 65 milhões já foi para à papuda! Calma que já, já tem mais!