Hospital São Rafael e Blue Gama: Negligência médica coloca vida de criança em risco em Salvador

Hospital São Rafael e Blue Gama: Negligência médica coloca vida de criança em risco em Salvador

Mãe trava batalha judicial contra plano de saúde e hospital por cirurgia crucial para salvar filho de 2 anos.

Família busca na justiça realização de cirurgia em meio a questionamentos sobre a conduta do plano de saúde e do hospital; Ministério Público e Conselho Federal de Medicina são acionados.

O caso de L.O.R., uma criança de 2 anos que necessita de uma cirurgia no ouvido, tem gerado debate em Salvador sobre a responsabilidade médica e os desafios enfrentados por pacientes que dependem de planos de saúde. A família da criança alega que o Hospital São Rafael e o plano de saúde Blue Gama vêm negando a realização do procedimento, o que coloca em risco a saúde do menor.

Mãe do meno L.O.R desabafa.

Segundo a família, L.O.R. já passou por duas internações no Hospital São Rafael e enfrenta uma infecção persistente no ouvido, que se agravou após a primeira alta hospitalar. A cirurgia, considerada crucial para sua recuperação, teria sido inicialmente indicada e posteriormente negada por médicos do hospital, mesmo após a emissão de liminares judiciais que garantem o direito ao tratamento. A mãe da criança, Jéssica Maria da Conceição Oliveira, afirma ainda ter sofrido pressão para realizar o pagamento antecipado das despesas médicas, mesmo possuindo plano de saúde.

Em relato emocionante, Jéssica descreve o sofrimento do filho, que precisou ter um cateter venoso central (PICC) implantado por duas vezes para receber antibióticos fortíssimos. Ela questiona a conduta do hospital, que teria priorizado questões financeiras em detrimento da saúde de L.O.R., e denuncia a falta de assistência durante o período em que permaneceu com o filho no hospital.

Os advogads que representam a família protocolaram ação judicial na 12ª Vara de Relações de Consumo da Comarca de Salvador, solicitando tutela antecipada de urgência para obrigar o plano de saúde e o hospital a realizarem a cirurgia. A petição detalha o sofrimento da criança e da família, e aponta para a violação de direitos fundamentais, como o direito à saúde e à vida. A advogada requer ainda a apuração da conduta dos médicos pelo Conselho Regional de Medicina e pelo Ministério Público, e a responsabilização do Hospital São Rafael por possível omissão de socorro e cobrança indevida de despesas médicas.

Após alta médica antecipada, o Hospital São Rafael só re-admitiu o paciente após o advogado da famíliar acionar a Policia Militar para dar voz de prisão ao direitor da uniidade por omissão de socorro.
Após alta antecipada, o Hospital São Rafael só readmitiu a criança após o advogado da família ameaçar dar voz de prisão ao diretor da unidade por omissão de socorro.

O caso levanta questões importantes sobre o acesso à saúde e a garantia de direitos. A família questiona a conduta do Hospital São Rafael, que teria dado alta precocemente a L.O.R. em duas ocasiões, mesmo diante da gravidade do quadro de saúde. A pressão por pagamento e a negativa na realização da cirurgia, mesmo com a existência de um plano de saúde e decisões judiciais favoráveis, levantam suspeitas sobre a priorização de interesses financeiros em detrimento da saúde do paciente.

O Hospital São Rafael e o plano de saúde Blue Gama ainda não se manifestaram publicamente sobre o caso. A expectativa é que as instituições esclareçam os fatos e apresentem suas versões sobre as acusações de negligência médica e cobrança indevida. A sociedade aguarda por respostas e acompanha com atenção o desenrolar do caso, que traz à tona a necessidade de garantir o acesso à saúde e a proteção dos direitos dos pacientes, especialmente em situações de vulnerabilidade, como a de uma criança de tenra idade.

Acompanhe o desenrolar do caso e os posicionamentos do Hospital São Rafael e do plano de saúde Blue Gama.