No último dia 31 de dezembro de 2023, um míssil russo atravessou o espaço aéreo de um país da NATO, a Polônia. O artefato sobrevoou a Polônia por três minutos, a uma distância de aproximadamente quarenta quilômetros. Nesse mesmo dia, a Ucrânia foi alvo de uma série de ataques russos.
Tanto as autoridades polacas quanto a NATO confirmaram a detecção do míssil russo. Os Estados Unidos, em resposta, expressaram sua disponibilidade no sábado seguinte para auxiliar a Polônia na investigação do objeto que violou o espaço aéreo polonês.
No dia seguinte, Vladimir Putin fez sua declaração de Ano Novo ao povo russo, garantindo que a Rússia nunca recuará e que “não há força capaz de dividir” os russos. Curiosamente, na mensagem de Ano Novo, Putin não mencionou o conflito em curso com a Ucrânia.
Além disso, o Presidente russo enviou saudações de Natal a líderes aliados, desejando feliz Ano Novo a líderes de países como China, Índia, Turquia e outros da América Latina. Entretanto, na mensagem de Natal e Ano Novo, Putin ignorou os líderes dos países ocidentais.
O fim de semana também foi marcado por um ataque atribuído pelo Kremlin ao exército ucraniano, resultando em 24 mortos, incluindo duas crianças, e 111 feridos em Belgorod, uma cidade próxima à fronteira. O Ministério da Defesa russo assegurou que o ataque não ficará “impune”, culpando o exército ucraniano. Este incidente ocorreu um dia após ataques em massa da Rússia contra várias cidades ucranianas.
Em resposta ao ataque, a Rússia acusou a Ucrânia de cometer um ato de “terrorismo deliberado” e de utilizar bombas de fragmentação em Belgorod. O Ministério da Defesa russo anunciou ter atacado alvos militares em Kharkiv em represália ao ataque de Belgorod.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou que o país continuará a “lutar pela justiça” independentemente do que ocorrer em outros países e prevê que 2024 será um ano de “decisões globais”.
As guerras em curso na Ucrânia, em Gaza, e o aumento das tensões em algumas partes do mundo estão impactando as celebrações de Ano Novo. Muitas cidades estão reforçando a segurança, e alguns locais já cancelaram eventos da véspera de Ano Novo. Na Rússia, as ações militares na Ucrânia ensombraram as celebrações de fim de ano, com o tradicional fogo de artifício e o concerto na Praça Vermelha de Moscou sendo cancelados, assim como no ano anterior.
O Papa, diante desse cenário, fez um apelo aos envolvidos nos conflitos para que ouçam “a voz da consciência”. Ele instou a reflexão sobre as vidas perdidas, os mortos, a destruição, o sofrimento e a pobreza causados pelos conflitos armados.